4 de agosto de 2015

Irmão de Mercadante, coronel do Exército é investigado na Lava-Jato

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Coronel Osvaldo Oliva Neto (Reprodução Isto É)

Segundo reportagem de Cláudio Dantes Sequeira, publicada na última edição da revista Isto É, o MPF tem indícios de que o coronel da reserva Osvaldo Oliva Neto possa ter atuado como operador de seu irmão, o ministro Aloizio Mercadante, no projeto do submarino nuclear,o Prosub.
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Reprodução Isto É

A elaboração do projeto de aquisição de submarinos franceses esteve a cargo do ex-presidente da Eletronuclear, Almirante Othon Pinheiro da Silva, preso na Operação Lava Jato desde o último dia 28, por ordem do Juiz Sérgio Moro. O pacote,  orçado em R$ 28 bilhões inclui a compra de quatro Scorpéne de propulsão a diesel e o desenvolvimento conjunto com a estatal DCNS de um modelo de propulsão nuclear, que será montado num estaleiro em Itaguaí, no Rio. A Odebrecht foi escolhida pela Marinha para construir o estaleiro, mas não houve licitação. Segundo a Isto É, esse negócio foi conduzido pelo coronel Oliva. O MPF apurou também que, quando assumiu a pasta de Ciência e Tecnologia, em 2011, Mercadante pressionou para a realização de uma nova licitação para Angra 3.
O coronel foi alvo de reportagem de Isto É em 2011, sob o título "O poderoso coronel Oliva".

Ele ocupou até 2007 o cargo de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência. Após afastar-se do governo, reativou a Penta Prospectiva Estratégica e passou a prestar consultoria em todos os grandes projetos na área de defesa, não só na compra dos submarinos, mas dos helicópteros franceses EC-725 e em projetos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Em 2010, a Penta se uniu à Odebrecht Defesa e Tecnologia, criando a Copa Gestão em Defesa. Depois foi adquirida a Mectron, que igualmente firmou sem concorrência contrato com a Amazul Tecnologias de Defesa, estatal de projetos criada por Dilma para atuar no Prosub. A Lava Jato puxará agora o fio desse novelo que pode levar a identificar possível tráfico de influência de Mercadante e eventual uso da empresa de consultoria de seu irmão para recebimento de propina. Leia a reportagem completa na revista Isto É.
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