21 de maio de 2015

Tropas brasileiras vão deixar o Haiti até o fim de 2016

Atualmente, há 1.343 militares brasileiros em ação no Haiti – número já chegou a 30.000 no início da missão humanitária
Jaques Wagner, ex-ministro de Lula, governador da Bahia (PT-BA)
Jaques Wagner, ministro da Defesa(Ana Nascimento/Abr/VEJA)
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira que as tropas brasileiras que integram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) deixarão o país até o fim de 2016.
Em uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro disse que o Brasil já diminuiu seu efetivo no Haiti e continuará reduzindo gradualmente até o último soldado abandonar o país caribenho no fim do próximo ano. "Trata-se de uma missão humanitária que já tem data prevista para terminar. Neste ano, já tivemos uma redução, e para o próximo está prevista a retirada total das tropas, não só as do Brasil, mas também as da ONU", afirmou Wagner.
Segundo o ministro, atualmente há 1.343 militares brasileiros no Haiti, número pequeno em relação aos 30.000 que foram ao país durante o início da missão humanitária. No final de 2015, apenas 850 homens permanecerão no Haiti.
"Vários oficiais de outros países da América do Sul foram comunicados neste ano sobre o retorno. O fim da missão está marcado para o final de 2016", disse o ministro.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, que acompanhou o ministro na audiência, disse que a maior parte dos países que integram a missão da ONU irá retirar as tropas do Haiti ainda neste ano.
O Conselho de Segurança da ONU estendeu no ano passado a permanência da Minustah até 15 de outubro de 2015, quando revisará novamente a decisão. Em sua última reunião, o órgão afirmou que a situação da segurança no país é "estável".
Por isso, recomendou a sequência da missão sem mudanças na quantidade de homens do componente policial (UNPol), integrado atualmente por 2.601 agentes de cerca de 50 países.
A ONU defende que a missão permaneça no Haiti até a consolidação dos resultados das eleições previstas para fevereiro de 2016, após a posse do novo presidente e parlamento do país.
(Com Agência EFE)
Veja/montedo.com

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