13 de dezembro de 2014

FAB diz que militares acusados de receber propina não são oficiais

Datalhe de documento apresentado à corte federal do Texas sobre pagamento de propina da Dallas Airmotive a autoridades Brasileiras (Foto: Reprodução)Empresa americana diz que pagou suborno à FAB e ao governo de Roraima.
Força Aérea afirmou que atua 'firmemente' para coibir desvios de conduta.

Do G1, em Brasília
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira (12), por meio de nota oficial, que os dois militares acusados de receber propina de uma empresa norte-americana de manutenção de motores de aeronaves não têm patente de oficial. Segundo a FAB, um dos suspeitos é um suboficial, e o outro, um sargento. Os nomes dos militares não foram divulgados pela Força Aérea.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Dallas Airmotive detalhou que, entre 2008 e 2012, subornou funcionários da FAB e do gabinete do governo de Roraima, que, na época das irregularidades, era administrado por José de Anchieta Júnior (PSDB). Veja aqui a íntegra do documento, em inglês.
No comunicado divulgado nesta sexta, a Força Aérea afirmou que já apura os fatos a fim de identificar os responsáveis e os detalhes da denúncia. Caso o pagamento de suborno seja confirmado, a FAB diz que "todos os procedimentos para punição, previstos em lei, serão adotados".
"Cabe ressaltar que a Força Aérea repudia atitudes desta natureza e atua firmemente para coibir desvios de conduta de seus militares", diz a nota.
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Entre os mecanismos usados pela empresa para o pagamento da propina estavam acordos com empresas de fachada, pagamentos a terceiros e oferecimento de presentes aos funcionários, como pagamento de viagens de férias, diz o comunicado, que não cita os nomes dos envolvidos .
Um comunicado do Departamento de Justiça dos EUA publicado nesta quarta-feira (10) informa que a Dallas pagará US$ 14 milhões de sanção penal por descumprir a lei que pune empresas do país que praticam corrupção no exterior.
O processo apresenta também trocas de e-mails que teriam indícios de pagamento de propinas. Em um deles, um dos militares escreve a um agente de vendas da empresa americana. "Envio as informações da companhia, não se preocupe. A companhia aqui no Rio mostra o meu nome como sócio e por isso eu não poderia fazer negócios com você, o TCU [Tribunal de Contas da União] não permite (risos)", diz a mensagem eletrônica.
O ex-governador de Roraima José de Anchieta Júnior declarou nesta sexta, por meio de sua assessoria, que 'repudia' quaisquer ilegalidades em contratos com a Dallas Airmotive.
"O ex-governador vem a público afirmar que repudia qualquer postura dessa natureza e que vai apurar todos os fatos. Faz questão de reiterar que está à disposição de todos os órgãos envolvidos para qualquer tipo de esclarecimento", informou a assessoria de Anchieta Júnior.
G1/montedo.com

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