4 de outubro de 2014

Nossos candidatos: "A intervenção deve ser feita nas urnas!", diz Miriam Stein

MIRIAM STEIN. "A INTERVENÇÃO DEVE SER feita nas URNAS". No Distrito Federal propostas inovadoras e corajosas como acampar no CONGRESSO para chamar atenção.

Série Conheça seus Candidatos: Miriam Stein. Distrito Federal, esposa e filha de Militar.
Assim como no Rio militares candidatos tem agido de forma “não convencional”, a candidata Miriam Stein, que concorre pelo DF, filha e esposa de militar, se compromete a realizar ações radicais em seu mandato, como acampar dentro do próprio Congresso para atrair a atenção sobre a questão dos militares brasileiros. Realmente a candidata nos fez pensar, ficamos a imaginar Bolsonaro, Kelma Costa, Miriam Stein, Gerson Paulo, Sargento Ronaldo, Genivaldo e vários outros, inclusive deputados estaduais e distritais, acampados em grandes barracas verdes bem dentro do Congresso Nacional, fazendo da situação dos militares o assunto do momento.
A família militar e a sociedade esclarecida como um todo devem estar atentos. Ha gente jovem, capacitada e com disposição para lutar pela categoria que representarão. A Revista Sociedade Militar conseguiu um tempo na agenda corrida de Miriam Stein. A jovem candidata se destacou nos últimos meses por sua atuação junto de outros representantes da família militar e de parlamentares federais na busca por melhores condições para os militares das forças armadas. Miriam é candidata a deputada federal pelo Distrito Federal, ela concorre usando o número 2888.
Conheça um pouco mais da candidata e suas propostas.
Na recente mobilização dos representantes dos militares federais, que por si só já é uma grande conquista, foram realizadas ações inéditas, como reuniões com o Ministério da Defesa e audiências no Congresso Nacional. Nesses eventos Miriam Stein fez colocações interessantes e relevantes diante de vários parlamentares, membros do MD e sociedade civil.

Sociedade Militar: candidata Miriam, na mensagem convite para essa entrevista apresentamos a V.S.a o público que frequenta o site Revista Sociedade Militar. Como dissemos, mais de 86% das pessoas que acessam o site e fanpage se define como de direita e 40% desejam que a família esteja em primeiro lugar nos projetos políticos de seus representantes (link). Para o nosso público a questão econômica ocupa a terceira posição nas prioridades.
Pelo que se percebe nas redes sociais, onde a senhora tem sido muito ativa, como a maioria dos candidatos que desejam representar a família militar. A senhora tem propostas bem enquadradas nos anseios da Sociedade Militar e outras voltadas para a sociedade como um todo.
Levando em consideração o que foi colocado acima, qual será a sua prioridade depois que assumir o cargo no Congresso Nacional?

Miriam Stein: Como filha de militar da reserva e esposa de militar da ativa, tenho os mesmos anseios e sinto as mesmas necessidades das pessoas que acessam o site da Revista Sociedade Militar. Cabe ressaltar que estes anseios e necessidades foram os que levaram a me candidatar a uma cadeira no Congresso Nacional com a finalidade de mudar esta situação em favor das nossas famílias.
Minha grande preocupação é conscientizar a Família Militar da real importância da nossa participação na política brasileira e de que os nossos clamores só serão ouvidos se tivermos a representatividade política necessária. Nós temos uma arma poderosíssima nas mãos que é o nosso voto.
Como Deputada Federal vou envidar todos os esforços necessários para que as Forças Armadas façam parte da agenda do Legislativo e doExecutivo.
Como consta das minhas propostas, vou lutar para que o investimento anual nas Forças Armadas seja de, no mínimo, 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje este valor está em torno de 1,4%.A média mundial é de 2,6%. Com mais recursos, a Marinha, o Exército e a Força Aérea terão melhores condições de trabalho. Terão condições de investir mais em infraestrutura para as nossas famílias, como, por exemplo, construção de próprios nacionais residenciais (PNR).
Também vou lutar pela equiparação salarial dos militares com as carreiras do executivo. Não adianta pedirmos reajuste salarial e recebermos um aumento parcelado que, ao final do período, foi consumido pela inflação. Em 2004, os militares federais percebiam uma remuneração média per capita equivalente a 110% à da Administração Pública Direta (categoria mais mal remunerada em todo o serviço público federal) e, em 2012, esse índice passou para 68% e continua em declínio.
Outra meta para o mandato é aumentar o investimento do Estado na Indústria Nacional de Defesa. O Brasil precisa desenvolver tecnologia nacional para ter sua independência tecnológica. O aumento do investimento, além de diminuir a dependência estrangeira, vai aumentar a oferta de empregos e fortalecer a economia.
Da mesma forma, são compromissos da minha candidatura a cobrança do pagamento da diferença remuneratória dos 28,86%, a proposição da volta do pagamento do auxílio moradia, a criação de um projeto para plano de moradia para os militares que vão para a reserva, a criação de um projeto de lei que trate sobre a criação de convênio entre os Estados e o DF para absorver a mão de obra das esposas de militares, concursadas em nível Estadual, dentre outros.
Por fim, deixarei um canal de comunicação aberto com todas as famílias, com a finalidade de identificar outros temas de interesse.Quero levantar as demandas da família militar e de todos que comunguem com os ideais democráticosde respeitoà Constituição e aos valores da família.

Sociedade Militar: Militares da reserva, esposas e dependentes realizaram algumas manifestações pedindo reajuste salarial. Uma delas ocorreu em Copacabana, e outras em Brasília, mas foram pouco citadas pela imprensa. Em algumas reuniões realizadas em Brasília, com a presença de membros do Ministério da Defesa, alguns membros da família militar - inclusive a senhora - fizeram declarações importantes, que deram a entender que se acredita que o governo federal ignora os militares, e faz pouco caso de suas necessidades, se aproveitando do regime diferenciado a que estes estão submetidos, que inclui o impedimento de habeas corpus no caso de punições disciplinares e a proibição de realizar greve ou paralisações de caráter reivindicatório. Algumas pessoas chegam a dizer que ao descaso se soma uma espécie de revanchismo, já que vários membros do alto escalão federal nos últimos anos, inclusive a Presidente, foram sancionados nos anos 70 e 80 pelo governo então chefiado pelos militares.
A recuperação salarial está entre as prioridades para a família militar, que precisa eleger políticos que compreendam essa necessidade. Contudo, o processo legislativo, no que diz respeito a reajuste de salários, não pode ser iniciado por deputados ou senadores, por força do artigo 61 § 1°, que dá exclusividade ao governo federal para isso.

SM: A senhora pretende lutar pela recuperação salarial dos militares? Em caso afirmativo, como pretende fazer isso, levando em consideração o que foi dito acima sobre o artigo 61 da CF1988?
Miriam Stein: No que diz respeito à parte introdutória deste questionamento, participei de diversas comissões e reuniões que me pareciam teatros para dar uma satisfação a sociedade e a família militar. Políticos se empenhavam com nossas demandas e falavam frases bonitas, mas saindo de dentro das reuniões, portavam-se como se nós não existíssemos. Realmente me revolta a forma como somos tratados.Sinto que fiz plateia para esses políticos que usam nossas reivindicações para palanque eleitoral.
Respondendo à pergunta: sim, vou lutar pela recuperação salarial dos militares. E vou além. Como citei na primeira questão, não adianta ser aumento. Precisamos uma equiparação salarial com as carreiras do Executivo. Caso seja só aumento, em poucos anos será consumido pela inflação e a desvalorização será cada vez maior.

SM:A Constituição realmente estabelece que a competência para a proposição de aumento para as Forças Armadas é do Executivo. Então, como podemos participar deste processo?
Miriam Stein: Mais uma vez faço referência à importância de elegermos uma bancada forte para o Congresso Nacional. Quanto maior for o número de Deputados eleitos comprometidos com as Forças Armadas, maior vai ser a pressão sobre o Congresso e sobre o Executivo. Com uma bancada forte, teremos poder de pressão para cobrar do Executivo a solução adequada para as necessidades dos militares. Dentro do Congresso esta bancada poderá pressionar na hora da formulação do orçamento para os anos seguintes, garantindo mais recursos para as Forças Armadas.
Para mudarmos a política salarial dos militares, necessitamos ter voz no Congresso Nacional. Assim o Presidente da República terá real interesse em debater esse assunto tão pertinente que permeia a vida da Família Militar.

SM:  Nas redes sociais a senhora tem mencionado alguns candidatos a deputado federal e estadual de outros estados de federação. Vocês acham possível a formação de uma BANCADA MILITAR no Congresso, apoiada também por deputados estaduais/distritais ligados aos militares das Forças Armadas?
Miriam Stein: Não só acho possível como extremamente necessário. Qual pressão política um ou dois Deputados podem fazer? Nós, família militar, milhares de votantes em todo Brasil, temos o dever de pensar no nosso futuro como família e como Força Armada.
Mas nos falta união e foco. Nós sabemos o queremos e sabemos que necessitamos de voz no Congresso Nacional. Mesmo assim dividimos votos e não elegemos nenhum representante da Família Militar. Vejo militares que preferem votar em um desconhecido e sem compromisso do que votar num integrante da Família Militar.
Hoje é dia 22 de setembro, faltam poucos dias para as eleições. Eu fico em baixo do sol o dia inteiro com santinho na mão e pedindo votos. Mas a família militar ainda não desenvolveu a consciência de que se estivéssemos juntos, eu e muitos outros estaríamos eleitos e aí sim poderíamos ter voz de verdade no Congresso Nacional.
Hoje no Distrito Federal eu sou a única candidata a Deputada Federal que tem real ligação com a família militar, a única candidata do Distrito Federal que sabe o que é receberR$ 0,16 centavos de salário família, a única candidata que sente na pele o que é ser esposa de militar. Temos eleitores suficientes no DF para me eleger. Mas o que vejo é que nossos votos são divididos e no final das contas não elegemos ninguém e sim contribuímos para eleger quem muitas vezes não nos representa.
No Rio de Janeiro temos o Bolsonaro e o Gerson, em Minas Gerais temos a Kelma Costa, em São Paulo temos o General Peternelle, em Brasília sou eu para Federal e a Dra Ritinha para Distrital, e tem mais nos outros Estados. Imaginase em 2015 nós tivéssemos esses parlamentares no Congresso Nacional?
Mas para isso precisamos de votos e da conscientização da família militar.
Precisamos de voz, precisamos de atitude, precisamos da união da Família Militar.

SM: Em um vídeo publicado recentemente a senhora diz que há grande dificuldade para políticos como a senhora, que podemos chamar de “não profissionais”, em empreender uma campanha eficaz, já que políticos mais antigos chegam a investir milhões de reais em marketing etc. Já se passaram alguns dias depois da publicação do referido vídeo, a senhora gostaria de acrescentar alguma coisa sobre o assunto?
Miriam Stein: Amigos, como uma esposa de capitão do Exército pode bancar uma campanha política? Não tenho dinheiro!! Mas tenho muita garra e vontade de trabalhar. Levanto cedo e vou à luta. Santinho e megafone na mão, apresentando minhas propostas, enaltecendo os valores morais e éticos que já estão escassos na nossa sociedade.
Tem dias que chego em casa chorando por ver que me sinto só quando me deparo com candidatos que tem condições financeiras de ter comitê eleitoral, pessoal para trabalhar, carro de som,etc.Vejo candidatos com uma verdadeira empresa eleitoral que tem intuito de mantê-los no parlamento ou garantir sua primeira eleição.
Mas também não posso reclamar.O meu partido PRTB tem me auxiliado com materiais de divulgação.
Eu Miriam, Kelma, Gerson, General Peternelli, somos guerreiros que necessitamos da união da família militar para sermos a voz da tropa no Congresso Nacional.
Eu convoco quem realmente anseiapor mudança para que nesta reta final façamos uma corrente forte em torno dos nossos candidatos ao Congresso Nacional.

SM: Gostaria de acrescentar algo? (outras propostas, outros pontos, assuntos...)
Miriam Stein: Nas mídias sociais tenho visto a intensificação do pedido de intervenção militar, com o intuito de moralizar a política brasileira. Considero que a intervenção deve ser feita na urna. Imagine se nós elegêssemos pessoas para o Congresso Nacional que mantivessem compromisso com os valores da Família Militar das Forças Armadas?
Se tivéssemos uma bancada Federal com 10, 15 ou 20 candidatos comprometidos com os ideais das Forças Armadas não tenham dúvida que o Presidente eleito teria que manter um diálogo afinado com nossos representantes. Desta forma a família militar teria outro valor para o Presidente da República e nós alcançaríamos a valorização que as Forças Armadas merecem.
O que verificamos hoje em dia é que nossos valores morais e éticos são muitos admirados, mas temos que sair da teoria e ir para prática. É fato que só seremos respeitados politicamente com uma bancada de Deputados Federais que se posicione no parlamento de forma favorável aos ideais da família militar. Minha atitude ao assumir a cadeira no Congresso Nacional é levar a voz da tropa e de suas famílias à tribuna, para enaltecer as peculiaridades da profissão militar e sobre tudo resgatar nossa autoestima.
Gostaria de deixar meu compromisso que se Eleita deputada federal vou acampar por uma semana dentro do congresso nacional cobrando e exigindo o pagamento da diferença dos 28%.Se eleita, vou fazer vigília dentro do Congresso Nacional, vou acampar dentro do Salão Verde do Congresso Nacional, irei dormir todos os dias durante uma semana, exigindo o pagamento devido.
Eu desafio um candidato a Deputado Federal do DF fazer esse mesmo ato. Dormir uma semana, acampado dentro do Congresso Nacional cobrando o pagamento integral.Vou ocupar as capas de revistas e jornais como a primeira Deputada Federal que, durante uma semana, acampou dentro do Congresso Nacional cobrando um direito reconhecido dos militares e esquecido pelo governo.
Peço seu voto. Meu nome é Miriam, meu número é 2888 e eu tenho muito orgulho de falar que pertenço à família militar.
Não podemos mais aceitar ser tratados como marionetes, está na hora de darmos o nosso grito de independência!
Brasil acima de tudo!
Sociedade Militar/montedo.com

Visite o site Sociedade Militar e tenha acesso às entrevistas de outros candidatos.

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